O Sol é um importante referencial para a medição do
tempo, pois seu movimento aparente diário é fácil de ser observado. Para medir
a hora solar aparente, deve-se observar o ângulo entre o Sol e o meridiano local. As horas se passarão conforme o
movimento aparente solar de leste para oeste.
A hora solar foi abandonada, como forma de se
aferir o tempo, quando o sistema de
fusos horários foi adotado em um congresso internacional realizado em 1884 na
cidade de Washington (EUA). Nesse mesmo congresso, definiu-se como referência
para o sistema de fusos, o meridiano que passa sobre o observatório de
Greenwich localizado em Londres (Inglaterra).
A Terra foi então dividida em 24 fusos limitados
por meridianos, correspondentes às 24 horas do dia (utilizando como referência
o movimento de rotação da Terra e o fato desta ser uma esfera, uma
circunferência). Em virtude de a Terra
levar aproximadamente 24 horas para dar uma volta de 360 graus, em uma hora ela
terá percorrido aproximadamente 15 graus (pois 360 ÷ 24 = 15) ou um fuso
horário. Por convenção, todas as localidades abrangidas pelo mesmo fuso têm a
mesma hora oficial (hora civil ou legal), diferentemente da hora solar (que varia conforme o
posicionamento do sol em relação à localização longitudinal de cada ponto).
Entre as várias vantagens dos fusos horários,
podemos citar:
- Facilitar as comunicações e o comércio entre as
diversas partes do Planeta.
- Possibilitar a integração de empresas aéreas,
transnacionais e mercados de valores.
- Facilitar a programação de viagens nacionais e
internacionais.
- Melhorar o planejamento de atividades
internacionais.
Alterações nos fusos
Para evitar os transtornos provocados pela
diferença de horário em regiões muito povoadas ou integradas economicamente,
vários países optaram pelos fusos práticos, alterações que fazem com que os
limites dos fusos se desloquem de seus respectivos meridianos e coincidam com
os limites administrativos ou passem por regiões pouco povoadas.
Em um determinado período do ano também é adotado o
chamado Horário de verão (uma alteração do horário de uma região adiantando-se em
geral uma hora no fuso horário oficial local).
O objetivo é reduzir o consumo de energia, mas a medida só funciona nas regiões
distantes da linha do Equador, porque no Verão os dias se tornam
mais longos e as noites mais curtas. Porém nas regiões próximas ao equador,
como a maior parte do Brasil, a diferença de tempo entre a duração dos dias e
das noites varia pouco ao longo do ano, e a implantação do horário de verão
nesses locais traz muito pouco proveito.
Perceba que esse assunto integra um grupo de
objetos de aprendizagem (Além dos fusos horários), que também aborda Movimentos da Terra, Coordenadas geográfica, Estações do ano, Geopolítica e
Regionalização do espaço. Como sugestão para explorar os mesmos, deixo as
seguintes dicas:
(A) Se
quiser trabalhar o conceito de fuso horário, o link abaixo encaminha você para
um mapa dinâmico dos Fusos Horários mundiais.
(B) Caso
queira trabalhar o conceito de horário solar aparente, este pode ser medido de
forma simples e bem criativa: por meio de um relógio solar!
Há vários modelos de relógios solares, utilizando
os mais diversos tipos de materiais. O modelo indicado a seguir foi proposto
pela Comissão Organizadora da Olimpíada Brasileira de Astronomia – OBA.
Materiais necessários
- Estilete
- Folha impressa do quadrante de transferidor (fig.
02)
- Fita adesiva
- Cola
- Papelão
- Folhas impressas dos mostradores das horas (face
norte e face sul)
- Palito de dente
- Clipe
Procedimento
1) Recorte as
figuras que contêm os mostradores da face Sul e Norte, respectivamente, e cole,
primeiro, o mostrador da face norte (se mora no hemisfério Sul) (se mora no
hemisfério Norte, cole, primeiro, a face do hemisfério Sul) sobre uma folha de
papelão, que tenha exatamente as mesmas dimensões dos mostradores.
2) Se o papelão for
grosso (mais que 3 mm), faça um “sulco” sobre a linha tracejada, mas do lado
oposto do papelão. Se usar papelão de caixas de sapato o “sulco” é praticamente
desnecessário. Se usar papelão ondulado, cuide para que as “ondulações” do
papelão fiquem paralelas à linha tracejada. Isso facilita em muito a dobra do
mesmo.
3) Dobre,
temporariamente, na linha tracejada, num ângulo reto (90 graus), entre a base e
o mostrador do relógio de Sol.
4) Abra um clipe
grande de papel de um ângulo igual a 90 graus menos a latitude de sua cidade.
Exemplo: a cidade do Rio de Janeiro tem latitude de, aproximadamente, 23 graus,
então vamos abrir o clipe de 90 – 23 = 67 graus. Use o quadrante da Figura 2 e
veja a Figura 3. Para saber a LATITUDE da sua cidade, consulte a professora de
geografia, ou acesse, por exemplo: http://www.apolo11.com/latlon.php ou
http://www.aondefica.com/lat_3_.asp.
5) Fixe, com fita
adesiva, o clipe já aberto entre a face Norte e a base se sua cidade está no
hemisfério Sul. Veja detalhe na Figura 4.
6) Fixe, com fita
adesiva, o clipe já aberto entre a face Sul e a base se sua cidade está no
hemisfério Norte.
7) Atravesse
PERPENDICULARMENTE o centro do mostrador com um palito de dente (ou algo
similar e até maior).
8) Fure o
centro do outro mostrador. Corte na linha tracejada do mostrador ainda não
colado. Cole apenas o mostrador no verso do papelão, mas de forma que os
centros de ambos mostradores coincidam. Atravesse-os com o palito de dente e
deixe metade deste de cada lado dos mostradores. Este palito projetará a sua
sombra sobre o “mostrador das horas” onde você poderá ler as horas.
OBS: o
relógio de Sol tem que ficar com o seu ponteiro (o palito de dente) ao longo da
linha NORTE-SUL!
Um comentário:
Esse gangorra sempre ajudando, e esclarecendo as duvidas do povo, faz tempo qui não entro nesse blog, mas eu sempre entrava!
Agora sei pra que serve horario de verão! Vlw's Professor
Lucas Madureiro ( Ferrugem ) - Souza Leão - Olinda!
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