No dia 15 de fevereiro de 2013 a expectativa era
de que a notícia do dia seria a passagem “de raspão” de
um asteroide de 45 metros pela órbita da Terra. Porém, a queda
inesperada de um meteoro de 15 metros na Rússia roubou a cena e acordou a
humanidade para um risco real: de o planeta ser atingido por objetos espaciais,
com conseqüências potencialmente destrutivas.
As agências espaciais possuem programas de
monitoramento permanente desses possíveis “visitantes” espaciais. Mas o que
realmente são esses objetos?
Cometas
Cometas sempre
foram objetos que despertaram uma profunda curiosidade. Inicialmente,
acreditava-se que fossem fenômenos atmosféricos, ou sinais dos deuses para
determinar o destino dos homens, trazendo sorte ou tragédias. Os cometas são “bolas de gelo sujo” formadas por uma
mistura de gelo, gases congelados e poeira, sendo restos de formações do
Sistema Solar.
Um cometa é composto por três partes:
NÚCLEO – é a parte sólida, correspondendo a uma espécie de gelo sujo
que, ao aproximar do Sol, dá origem à cabeleira e cauda.
CAUDA - a cauda é provocada pela ação dos
ventos solares. Por isso nas proximidades do Sol a cauda aumenta, pois a
densidade dos ventos solares é maior.
CABELEIRA ou COMA - aparece sob a forma de
nebulosidade sobre o núcleo. Como uma espécie de atmosfera que pode ter seu
volume muito maior que a Terra.
Acredita-se que os núcleos dos cometas estão
vagando pelo espaço fora do sistema solar. O Cometa Halley , o mais popular, foi identificado em 1682 pelo astrônomo e matemático
inglês Edmund Halley, passa pela Terra a cada 76 anos.
Meteoros
Conhecidos popularmente como estrelas cadentes,
consistem em um fenômeno luminoso provocado pela entrada na atmosfera de
fragmentos sólidos (rochosos ou metálicos) oriundos do espaço, denominados meteoroides. Ao passarem pela atmosfera, a grande força de
resistência oposta pelo ar provoca uma enorme elevação de temperatura nos
meteoros, tornando-os incandescentes.
Meteoro foi o nome dado pelos gregos aos fenômenos atmosféricos
(do grego: metéoros = coisas do ar), assim, a chuva, o vento, o rastro de um
meteorito, uma nuvem ou um arco-íris podem ser chamados de meteoros, já que são
fenômenos que ocorrem dentro da atmosfera. Daí vem o nome meteorologia, dado à
ciência que estuda os fenômenos atmosféricos.
Para avaliar quantos pequenos meteoritos caem sobre
a Terra diariamente, faça uma experiência interessante. Coloque um imã forte no
cano de descida das águas de chuva de um telhado grande. Como a maior parte dos
meteoritos contém ferro e níquel, eles vão aderir ao imã
Se um pedaço de meteoro “sobreviver” e conseguir
chegar à superfície, então será chamado de meteorito. Milhões de meteoritos
atacam a Terra todos os dias ( a maioria deles é do tamanho de um grão de
areia).
Bendegó é o maior meteorito brasileiro conhecido
até o momento. Pesa 5,36 toneladas e mede 2,15m x 1,5m x 65cm. Foi encontrado em 1784 no Sertão
Baiano. A julgar pela camada
de 435 cm de oxidação sobre a qual ele repousava, e a parte perdida de sua
porção inferior, calcula-se que estava no local há milhares de anos
Asteroides
Os asteroides são formados por rocha e
metal, que possuem órbita definida ao redor do Sol e cujos tamanhos podem
variar (de Ceres, que tem um diâmetro de cerca de 1000 km, até o tamanho de
pedregulhos). Acredita-se que os asteroides sejam restos do processo
de formação do Sistema Solar há 4,6 bilhões de anos.
A maioria dos asteroides fica num
cinturão localizado entre Marte e Júpiter. Alguns escapam de sua órbita e
acabam se aproximando da Terra, sendo uma ameaça para nós. Alguns chegaram até mesmo a atingir
a Terra em tempos passados. Um dos exemplos dos mais bem preservados é a Cratera de Meteoro Barringer, perto de Winslow,
Arizona.
A criação de um sistema para evitar o choque
de asteroides com a Terra é debatida no meio científico há muito
tempo. Alguns especialistas propuseram enviar uma sonda para circundar
um asteroide perigoso e gradualmente modificar sua trajetória. Outros
sugeriram enviar uma nave espacial para colidir com o asteroide ou
ainda empregar armas nucleares. Os filmes de ação de Hollywood “Impacto profundo” e
“Armageddon” eram ambos sobre missões espaciais com o objetivo de evitar
colisões catastróficas.
Atualmente, astrônomos estão acompanhando a trajetória de um asteroide que
poderia colidir com a Terra em 2036 - embora o risco de que isso ocorra seja
mínimo. Seu nome é Apophis, possui cerca de
350 metros de diâmetro e foi descoberto em 2004.
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