A Arte da Guerra: do plano militar à esfera econômica

Escrito há cerca de 2.500 anos, por Sun Tzu, o livro "Arte da Guerra" continua ainda hoje a ser admirado como fonte de ensinamentos na área da estratégia. Acredita-se que o livro tenha sido usado por diversos estrategistas militares através da história como Gengis Khan, Napoleão e Mao Tse Tung.

A obra mostra uma visão ética e estratégica das batalhas e é composta por 13 capítulos:

1.     Planejamento Inicial
2.    Guerreando
3.    Estratégia ofensiva
4.    Disposições
5.    Energia
6.    Fraquezas e forças
7.    Manobras
8.    As nove variáveis
9.    Movimentações
10. Terreno
11. As nove variáveis de terreno
12. Ataques com o emprego de fogo
13. Utilização de agentes secretos

Sun Tzu

Observe, apenas pelo título de cada capítulo, que as estratégias de Sun Tzu, hoje em dia, seriam úteis em uma guerra diferente, mas igualmente arriscada: a guerra entre empresas e corporações.

Boa parte das estratégias do livro é adotada por economistas, administradores, investidores e por todos os que querem vencer num mundo cada vez mais competitivo, mesmo que hoje em dia, a tecnologia da comunicação e da informação seja tão ágil que o sigilo e a surpresa já não são tão eficientes como na época de Tsu. 

As corporações podem fazer, baseadas nos princípios de Sun Tzu, questionamentos do tipo: De que lado há oficiais e soldados mais bem treinados? De que lado há colaboradores e funcionários melhor preparados? Sua empresa ou a concorrente?

Por exemplo, ao dar importância à Geografia, uma empresa prevê as formas de atuação e relacionamento com os mercados internos e externos e tem consciência das políticas, dos riscos e das oportunidades de instalação de filiais no exterior.

Em outras palavras, para vencer deve-se conhecer perfeitamente a terra (a Geografia, o terreno/ o mercado) e os homens (a si mesmo e o inimigo/ a concorrência).

Trabalhar Geografia com “A Arte da Guerra” é uma maneira interessante de discutir temas relativos à Geopolítica mundial (Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria, Conflito Norte-Sul, etc), a competitividade das empresas multinacionais, a dinâmica do sistema capitalista ou mesmo a formação de blocos econômicos regionais.

Para aqueles que resolveram se aprofundar no tema deixarei o seguinte questionamento:

A guerra é uma questão que deve ser pautada pela moral ou pela eficiência?

Abaixo, um documentário retrata curiosidades acerca  de “A Arte da Guerra”.