Se atingisse, os resultados
seriam semelhantes aos que você já viu na televisão: pessoas desabrigadas,
corpos sendo resgatados e um a infinidade de problemas que catástrofes naturais
podem provocar.
Existem muitas descrições antigas de ondas repentinas e
catastróficas, como as que ocorreram em Lisboa – Portugal em 1755: um terremoto
de magnitude 09 teria provocado ondas com altura de 20 metros, tendo feito possivelmente
mais de 10 mil mortos.
As recentes catástrofes ocorreram na Ásia em 2004, com cerca de 200 mil mortos
e desaparecidos e na Oceania, com pelo menos uma centena de mortos e um número
indeterminado de desaparecidos.
Tsunamis são ondas enormes causadas por perturbações nas profundezas do
oceano, como abalos sísmicos, erupções vulcânicas ou até mesmo deslizamentos de
terra. Eles têm uma pequena amplitude (altura da onda) em alto mar e um comprimento de onda muito longo (muitas vezes
centenas de quilômetros de comprimento), sendo por isso que geralmente passam
despercebidos no mar, formando apenas uma ligeira ondulação de normalmente cerca
de 300 milímetros (12 polegadas) acima do normal superfície do mar.
Dificilmente um tsunami igual
aos que ocorrem no Oceano Pacífico poderia acontecer por aqui. Lá, a seqüência
de ondas gigantes é resultante de abalos sísmicos provocados pelo choque das
placas tectônicas. Quando uma dessas placas raspa ou encosta-se a outra (quando
isso ocorre no fundo do mar), a energia liberada forma uma onda que vai se
propagando até atingir terra firme.
Como o Brasil está localizado no
centro de uma placa, mesmo quando ela se move, sentirá apenas abalos de pouca
intensidade. A localização do Brasil, banhado pelo Oceano Atlântico,
cujo relevo submarino corresponde a uma região de separação de placas (e não de
choque), afasta a possibilidade de ocorrência de tsunamis (ondas gigantes) no
país.
Alguns pesquisadores,
entretanto, acreditam que um tsunami pode, sim, chegar ao Brasil. Um dos
prováveis fatores seria uma erupção do vulcão Cumbre Vieja (na ilha de La Palma, arquipélago das Canárias).
O vulcão encontra-se atualmente sob monitoramento constante pelo fato de
haver falhas na estrutura da ilha que o sustenta, o que implica numa possível
catástrofe. Uma forte erupção poderia provocar no oceano um grande deslizamento de terra (pesando provavelmente 500 bilhões de toneladas). A queda provocaria a formação
de ondas gigantes. O intervalo entre uma onda e outra seria de apenas 10
minutos. Logo que começassem a se formar, cada uma delas teria 120 quilômetros
de comprimento.
Em apenas 1 hora, as ondas
chegariam a uma velocidade de 720 km/h e atingiriam a costa do Marrocos com
elevações de 100 metros. Enquanto viajassem pelo mar, as ondas perderiam
velocidade e ficariam menores em comprimento. Já a altura cresceria à medida
que elas se aproximam da costa.
As ondas que atingiriam os
litorais Norte e o Nordeste do Brasil teriam 20 metros de altura e 6
quilômetros de comprimento.
Mesmo sendo uma possibilidade remota, a ocorrência de um tsunami não
deveria despertar a preocupação de algumas autoridades no Brasil?
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