domingo, 20 de abril de 2008

Internacionalização da Amazônia: conspiração ou paranóia?

O site Brasil.iwarp.com, bastante nacionalista, administrado por oficiais da reserva do exército brasileiro, tem vários textos falando sobre este assunto, inclusive um dos textos afirma que tudo começou quando o FMI, na época do governo Collor, “forçou” o governo a demarcar um imenso território de 94 mil quilômetros quadrados como reserva ianomâmi, para que futuramente a Nação Ianomâmi proclamasse independência e pedisse intervenção da ONU.

Segundo um soldado do exército brasileiro, que foi transferido para a Amazônia, em muitas de suas rondas pela “rainforest” se deparou com cercas e guardas em porteiras, em determinados lugares, com acesso restrito, ou “restrict access”, onde na verdade seriam áreas desabitadas e de posse do governo brasileiro ou até reservas indígenas. Era comum ver ingleses, americanos, holandeses e japoneses perambulando pela mata e dentro desses terrenos. 

Ao lado, a suposta figura que teria sido retirada de um livro escolar de uma escola americana, mas logo foi desmascarada, sendo criação de um pesquisador do Centro de Filosofia e Direitos Humanos - IFHC - da Unicamp. 


O debate sobre a internacionalização da Amazônia está tingido de fatores ideológicos, suspeitas de uma conspiração internacional, quando, na verdade, a internacionalização já acontece a passos largos. Todo o setor de mineração já está nas mãos de transnacionais. A situação fundiária na região é caótica. A atuação dos governos federal e estaduais deixa muito a desejar. Estima-se que 100 milhões de hectares sejam grilados.


A polêmica sobre a internacionalização também poderia interessar aos ultranacionalistas e militares paranóicos de plantão que ficam procurando indícios para justificar atos ditatoriais – principalmente no que diz respeito à implantação de leis severas nas fronteiras.

O que você acha sobre essa suposta conspiração? Verdadeira ou falsa? Você conhece alguma informação que justifique sua opinião? Comente!

2 comentários:

Anônimo disse...

A amazonia é riquissima e os estrangeiros bem sabem disso. É óbvio que há uma cobiça internacional sobre a amazonia, aliàs eles já a cobiçam abertamente. Se nós brasileiros continuarmos com essa ingenuidade(ou será traição mesmo por parte de alguns?)a civilização brasileira deixará de existir como a conhecemos geograficamente.E pelo visto tirar a amazonia do Brasil não vai ser muito dificil.Reage Brasil!!! Aumento do poderio militar e fora c/estrangeiros na Amazonia.Eles destruiram as florestas deles e agora querem "cuidar" das nossas UMA OVA.Por mim o Brasil estava desenvolvendo armas nucleares aí eu queria ver estrangeiro filho da mãe falar em internacionalizar a amazonia.

Djalmira de Sá Almeida disse...

Moro no Pará há dez anos e vejo que a internacionalização da Amazônia é um fato, não se trata de conspiração nem de paranóia. Várias empresas estrangeiras de extração de minérios estão aqui no interior da Amazônia Legal explorando os nativos nos garimpos autorizados, muitos como pesquisadores, antropólogos e empresários que se aliam a estudantes brasileiros financiados pelo CNPQ e pela CAPES, criando ong's e fundações para elaborar projetos com a intenção de retirar os migrantes dessa região em nome da preservação, da criação de reservas e contra o desmatamento. Pelo que conheço da extensão da floresta amazônica, se nós, nordestinos que moramos aqui desde o ciclo da borracha e os que foram abandonados pelo governo federal na instalação da Transamazônica, coméssemos mato todo dia e vivessemos só em função de desmatar a floresta, ainda assim não iríamos conseguir isso nem com 100 anos, já que não temos a técnica do nosso lado. Mas Essas empresas, com certeza destruirão a Amazônia em menos de 20 anos,com apoio da pesquisa, ciência e tecnologia.