Representando a soberania nacional, as bandeiras não são apenas pedaços de tecidos simples. Em seu conteúdo é representada toda a história de um povo, suas convicções, lutas e esperanças. É muito comum na escola, em eventos esportivos, cerimônias de Estado, ou em datas comemorativas vermos as bandeiras de diversos países.
O estudo de bandeiras é chamado vexilologia (do latim vexilum= bandeira e do grego logos= saber, estudo). É a ciência ou arte que estuda a simbologia e o grafismo das bandeiras, estandartes e pavilhões, tal ciência tem profunda afinidade com a heráldica e desta toma emprestado muitos de seus fundamentos.
Dinamarca |
Angola |
Com a morte da rainha Elizabeth I, Inglaterra, Escócia e Irlanda passariam por um longo processo de reorganização geopolítica através de disputas e conflitos que culminariam, em 1800, com a união dos três reinos em um único país denominado Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. Essa união política e institucional seria representada pela sobreposição das três bandeiras, gerando uma nova.
Com algumas exceções, as bandeiras da Suíça e do Nepal, por exemplo, o formato básico de uma bandeira é retangular, com três listras horizontais e um símbolo no centro. O símbolo mais comum é a estrela.
Símbolos religiosos são bastante utilizados. Enquanto muitos países islâmicos utilizam a Lua crescente, alguns cristão usam a cruz.
O brasão no centro da bandeira mexicana tem origem em uma lenda asteca sobre a fundação de Tenochtitlán, sua antiga capital. Segundo essa lenda, os astecas, então um povo nômade, fundaram a cidade em um local onde foi vista uma águia pousada sobre um cacto e com uma serpente no bico. A visão foi interpretada como um sinal do deus da guerra Huitzilopochtli. Erguida em uma região pantanosa, Tenochtitlán deu origem a atual Cidade do México.
As 13 faixas horizontais da bandeira dos Estados Unidos simbolizam as 13 colônias que se separaram do Reino Unido no século XVIII e que fundaram os Estados Unidos moderno. As 50 estrelas representam os 50 estados norte-americanos.
Na bandeira da Coreia do Sul, há a presença de dois elementos universais, o Ying e o Yang. Bastante difundidos, eles representam a dualidade na Terra. Posicionados estrategicamente, os trigramas são associados aos quatros elementos da natureza: o fogo, o céu, a água e a terra.
Na bandeira de Moçambique a estrela representa a solidariedade entre os povos, a arma AK-47 simboliza a luta armada e a defesa do país, o livro faz lembrar a educação por um país melhor e a enxada, a agricultura. É a única bandeira no mundo a incluir a ilustração de um fuzil moderno.
A bandeira da Etiópia é a mais influente bandeira da África, dando origem a toda uma linhagem de bandeiras verdes, vermelhas e amarelas, na África e fora dela, por meio de um movimento chamado "Pan-africanismo" que defende a unidade da África e dos africanos e seus descendentes espalhados pelo mundo.
A Bandeira do Canadá foi criada em 15 de fevereiro de 1965, para celebrar o centenário do país, que ocorreria em 1 de julho de 1967. As duas barras verticais vermelhas significam os oceanos Pacífico e Atlântico, a barra branca o território do Canadá, enquanto a folha estilizada representa as matas cobertas de Bordos (árvore típica canadense).
As bandeiras do Uruguai e Argentina são bem parecidas, também por usarem as mesmas cores (azul e branco), mas principalmente por apresentarem um sol com rosto humano desenhado. Esse símbolo está relacionado ao início do processo de independência dos países, que antes formavam um só reino em conjunto com a Espanha, que acontecera no mês de maio de 1810, daí veio a denominação "Sol de Mayo". Já o significado do sol vem de uma representação de um Deus Inca, povo este que habitou a região dos Andes até a invasão espanhola no século XV, se transformando no símbolo desta revolução.
Uruguai |
Argentina |
As constelações que compõem a bandeira estão invertidas, ou seja, representadas não da forma como são vistas olhando para o céu, mas como se fossem vistas por um espelho, ou, como diz a lei 5.700/1971, “como vistas por um observador situado fora da esfera celeste” (clique aqui e saiba mais).
A bandeira que fica permanentemente hasteada na Praça dos Três Poderes, em Brasília, é a maior bandeira nacional do mundo: tem 286 metros quadrados. Já o mastro tem 100 metros de altura.
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