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O Vesúvio é um vulcão ativo, próximo à baía de Nápoles, no sul da Itália. Sua altura se modifica a cada erupção e, no fim do século XX, era de 1.280m. No cume do Vesúvio há uma grande cratera de 600m de diâmetro e 300m de profundidade, proveniente de uma erupção em 1944.
Em agosto (ou dezembro – há divergências quanto à data) de 79 d.C. tudo parecia rotineiro, mas de repente o chão começou vibrar e cerca de uma hora antes do meio dia a temperatura do mar subiu na Baia de Nápoles. Ouviu-se um estrondo como se a terra tivesse sido atingida por um raio. O céu encheu-se de luz e, minutos depois, a cidade de Pompéia sentiu a fúria do Vesúvio.
As únicas crônicas confiáveis do ocorrido foram escritas por Plínio o Jovem numa carta enviada ao historiador Tácito. Plínio observou desde a sua vila em Miseno (a 30 Km do Vesúvio) um estranho fenômeno: Uma grande nuvem escura com forma de pinheiro saindo do cume do monte. Ao cabo dum tempo, a nuvem desceu pelas bordas do Vesúvio e cobriu todo pelos arredores, incluindo o mar.
Logo depois foi a agitação. Em volta, começa a desabar uma chuva de projéteis: pedras-pomes, lapíli e pedaços de rochas (fragmentos arrancados do topo da montanha e da tampa de lava resfriada que obstruía a cratera).
A chuva de cinzas não parou. Por volta do terceiro dia, o sol reapareceu e o Vesúvio tinha mudado de forma. Ele possuía agora um topo duplo e, no lugar da antiga cratera, um cone havia se formado. Quanto aos habitantes de Pompéia, 80% deles (16 mil numa população de 20 mil) jaziam a vários metros de profundidade. A cidade estava morta, mas uma morte que a tornaria imortal.
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O resultado foi uma série de formas melancólicas e extremamente fiéis dos habitantes de Pompéia incapazes de escapar, preservados em seu último instante de vida, alguns com uma expressão de terror claramente visível. Esta técnica é utilizada até hoje, mas com resina no lugar do gesso, por ser mais durável e não destruir os ossos, o que permite análises mais aprofundadas.
Estudos vulcanológicos e bio-antropológicos das conseqüências e das vítimas da erupção, aliados à simulações e experimentos numéricos, indicam que no Vesúvio e nas cidades circunvizinhas, o calor foi a principal causa de morte (anteriormente atribuída às cinzas e sufocação). Os resultados do estudo demonstram que a exposição ao calor de pelo menos 250 °C, a uma distância de 10 quilômetros da erupção, foi suficiente para causar morte instantânea, mesmo daqueles abrigados em construções.
A posição em que as vítimas foram encontradas é uma das provas de que a morte foi instantânea. A posição dos moldes é a típica reação chamada cadaveric spasm ("espasmo cadavérico" em tradução literal do inglês), um enrijecimento muscular que ocorre no momento da morte, a posição vital na qual a pessoa foi atingida pela onda de calor. Na foto ao lado, a expressão de um cachorro no momento de sua morte.
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