Centro do Recife no início do séc. XX |
Nos
últimos cem anos, o centro da cidade do Recife foi objeto de intervenções
urbanas que visavam desobstruí-lo para dinamizar e racionalizar a circulação de
veículos.
Ao longo do tempo (desde o final do séc. XIX) o Recife foi
alvo de uma série de planos urbanísticos, que paralelamente às destruições
necessárias e aos dispositivos legais que as autorizavam, foram responsáveis
por profundas transformações estruturais e paisagísticas.
Centro do Recife atualmente |
Muitas
das construções antigas, que eram consideradas obstáculos para o progresso,
foram derrubadas e deram lugar a novas avenidas. Boa parte de nossa História e
do patrimônio arquitetônico foi destruída para atender às necessidades do
crescimento urbano do Recife.
Entre as décadas de 60 e 70, foram destruídos vários
monumentos, mais de 400 casas também foram demolidas como justificativa para a
modernidade. A cidade antiga deu lugar às vastas áreas de circulação
representadas por largas vias associadas à construção de edifícios verticalizados.
Av. Dantas Barreto: décadas de 1950 (abertura), 1970 e aspecto atual |
O planejamento urbano, entretanto, pressupõe o
estabelecimento de políticas públicas que conciliem as características do
patrimônio histórico com as necessidades da demanda relativas ao ordenamento
espacial.
Independente
das intervenções necessárias do crescimento urbano, parte considerável do
patrimônio arquitetônico sofre problemas como o abandono e a descaracterização.
Sabendo-se da dificuldade de manutenção de um equilíbrio
entre a conservação e a modernização, o que deveria ser prioritário para a
cidade: o patrimônio arquitetônico ou a mobilidade urbana?
Palácio da Justiça (Recife) |
Preservar
os monumentos históricos é uma maneira de se reverenciar o passado. Por isso a preservação dos prédios históricos, o comércio
informal, a ocupação imobiliária, e as reformas de vias públicas no centro do
Recife ainda são alguns dos temas mais discutidos pela população local.
A Paisagem é um conceito-chave para a Geografia, pois o seu
estudo possibilita observar
as transformações no espaço geográfico em decorrência das atividades humanas.
Sendo assim, sua análise histórica (por meio de fotografia, por exemplo)
permite compreender também as evoluções das atividades humanas e da própria
sociedade.
Abaixo, uma seqüência de imagens mostra a evolução das
intervenções feitas na ponte Duarte Coelho (centro do Recife) e adjacências.
Com base nessa evolução, que considerações podemos fazer acerca desse espaço
geográfico e suas atividades humanas?
Séc. XIX e reforma na década de 1930 |
Décadas de 1950 e 1960 |
Atualmente (com o famoso Galo da Madrugada e engarrafamento em dia de protestos) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário